O Brasil está no radar de uma transformação que era inevitável: a ascensão dos veículos elétricos. Hoje, a eletromobilidade é uma realidade impulsionada por incentivos, lançamentos de novos modelos e a crescente consciência ambiental. Não é por acaso que o mapa de postos de carregamento de carros elétricos é um assunto que tem despertado tanto interesse e atenção.
De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em 2024, o mercado brasileiro de veículos leves eletrificados atingiu um marco histórico, com cerca de 177 mil unidades emplacadas, representando um crescimento extraordinário de 89% em relação ao ano anterior.
Esse crescimento é liderado pelos veículos puramente elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV), que demandam ativamente a infraestrutura de carregamento. Com esses números, a frota de VEs em circulação no país já ultrapassa a marca de 500 mil veículos, sinalizando que a demanda por recarga não é mais uma previsão, mas uma necessidade urgente.
Qual é o papel estratégico na infraestrutura de carregamento nesse cenário?
O crescimento exponencial da frota de veículos elétricos no Brasil traz consigo um grande desafio: a infraestrutura precisa acompanhar o ritmo da demanda.
O mapa de postos de carregamento de carros elétricos é, portanto, o termômetro da eletromobilidade de um país.
Afinal, a existência de eletropostos acessíveis e confiáveis é o que garante a confiança do consumidor na autonomia do veículo, permitindo o uso em viagens e eliminando a “ansiedade de alcance“.
Para o setor, a infraestrutura é o que sustenta a expansão e atrai o capital de investimento, uma vez que cada novo eletroposto representa um novo ponto de serviço e uma fonte de receita futura.
Qual é o mapa de postos de carregamento no Brasil?
A evolução do mapa de postos de carregamento de carros elétricos no Brasil tem sido notável, mas segue um padrão geográfico claro, que aponta oportunidades e desafios.
Números atuais da infraestrutura
Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil atingiu a marca de mais de 14.827 eletropostos públicos e semipúblicos em circulação em fevereiro de 2025.
Em um curto período de meses, houve um crescimento de cerca de 22% no número de pontos de recarga, indicando que o setor privado está acelerando o passo.
Cerca de 25% dos municípios brasileiros (1.363 cidades) já contam com pelo menos um ponto de recarga, o que reflete um processo de interiorização da eletromobilidade.
A concentração regional: o eixo Sudeste-Sul
Embora o crescimento esteja se espalhando, a infraestrutura ainda demonstra uma forte predominância regional. O Sudeste e o Sul concentram a maior parte dos eletropostos instalados.
Esta predominância é natural, pois essas regiões possuem a maior frota de veículos e maior poder aquisitivo para a aquisição de VEs, além de uma rede elétrica mais robusta e desenvolvida para suportar cargas de alta potência.
O avanço em regiões como Norte, Centro-Oeste e Nordeste sinaliza o principal vetor de crescimento futuro. É onde a frota de VEs ainda é menor, mas onde o impacto de um novo eletroposto é maior em termos de atração de tráfego e visibilidade.
Tipos de recargas disponíveis: CA vs. CC
O mapa de postos de carregamento não deve ser analisado apenas pela quantidade, mas pela qualidade e velocidade dos carregadores.
Tipo de recarga | Participação no mapa | Local de ocorrência | Implicação para o investimento |
Lenta (CA – Corrente Alternada) | Cerca de 84% dos eletropostos | Condomínios, estacionamentos de supermercados, hotéis. | Maior volume, menor custo de instalação. Ideal para recarga de permanência prolongada. |
Rápida/ultrarrápida (CC – Corrente Contínua) | Cerca de 16% dos eletropostos. | Rodovias, postos de combustível, aeroportos. | Menor volume, maior custo de investimento, mas com crescimento acelerado (60% de expansão recente) e maior potencial de receita por minuto. |
A recente aceleração na instalação de carregadores rápidos (CC) reflete a necessidade de cobrir as rotas de longa distância e a confiança dos investidores no aumento da frota de veículos puramente elétricos (BEV).
Quem está impulsionando o mapa?
A expansão da infraestrutura de carregamento não é obra de um único setor. É um esforço colaborativo que mostra as diversas portas de entrada para o investimento:
Concessionárias de energia
Muitas distribuidoras de energia têm projetos de pesquisa e desenvolvimento, investindo em corredores elétricos e em estações de alta potência em rodovias, visando mapear a demanda e adequar a rede.
Redes de comércio e serviços
Shopping centers, supermercados e redes de fast-food investem em carregadores de média potência (CA) para atrair clientes. A recarga funciona como um diferencial de atração, incentivando o cliente a permanecer mais tempo no local.
Montadoras e empresas de tecnologia
Montadoras como Porsche, Audi e BMW investem em suas próprias redes de recarga, muitas vezes em parceria com players de infraestrutura, para dar suporte aos seus clientes e promover suas marcas.
Empreendedores e startups de soluções
Empresas como a EvoWatt são decisivas nesse ecossistema, pois fornecem o hardware, o software de gestão e o serviço de instalação, permitindo que qualquer proprietário de negócio ou investidor monte sua própria estação e monetize o serviço.
Para investidores, os setores de rodovias, logística e grandes hubs urbanos (como estacionamentos premium) representam a área de maior potencial de retorno sobre investimento, pois a demanda por recarga rápida é alta e o tempo de uso, mais curto.
Quais são as principais oportunidades no mapa e como usar as informações para investir?
A distribuição atual dos eletropostos no Brasil fornece insights para quem deseja capitalizar no crescimento da eletromobilidade:
Identifique os gaps do cluster
A concentração no Sudeste e Sul significa que o custo de instalação pode ser alto devido à concorrência. A estratégia inteligente é:
- Foco na Interiorização: identifique cidades de médio porte, fora das capitais, mas com alto crescimento imobiliário e comercial. A instalação de um eletroposto em uma cidade adjacente a um grande centro pode garantir o pioneirismo e capturar o fluxo de passagem.
- Corredores logísticos: invista em pontos estratégicos de rodovias que conectam grandes centros, mas que atualmente possuem “buracos” no mapa de recarga. O tempo de recarga rápido (CC) nessas rotas é um serviço premium e altamente cobrável.
Invista na solução completa
A rentabilidade de um eletroposto não vem apenas da venda de energia, mas da gestão inteligente da estação. O investidor deve focar em softwares de gestão e integração com apps;
Plataformas que permitem o monitoramento remoto, a cobrança automatizada, o controle de acesso e a análise de dados de uso são um excelente ponto de partida. Essa inteligência é o que otimiza a receita e minimiza a necessidade de mão de obra física.
É importante ter em mente que o sucesso da sua estação depende de estar visível nos principais mapas de postos de carregamento de carros elétricos utilizados pelos motoristas (como o App da EvoWatt), garantindo tráfego e previsibilidade de demanda.
O fator segurança e longevidade
Como a instalação de um eletroposto é um investimento de alto capital, priorize fornecedores que garantam certificações, suporte técnico local e soluções que possam ser escaladas (começar com um Wallbox e adicionar outro CC futuramente).
O mapa de postos de carregamento de carros elétricos no Brasil é um registro em tempo real da nossa transição energética. Ele mostra que o crescimento é real, sustentável e está criando oportunidades para novos investimentos.
Para o proprietário de VE, conhecer o mapa é sinônimo de autonomia. Para o investidor, é sinônimo de oportunidade. O segredo é ter acesso a informações precisas e, mais importante, a uma plataforma que conecta motoristas a eletropostos de forma eficiente.
A EvoWatt é seu parceiro nesse ecossistema. Além de fornecermos soluções completas para a instalação do seu eletroposto (seja ele comercial ou residencial), oferecemos a ferramenta essencial para quem está na estrada.
Não fique no escuro! Conheça a EvoWatt e faça parte dessa transformação no setor de mobilidade.